Como fotometrar em macro, usando lentes que mudam de comprimento focal, quando mudamos o foco? Explico (a questco, nco a resposta, que nco sei).

Uma fotometria correta em macro tem me parecido um assunto muito interessante, uma pouco mais complicado do que para distbncias "normais". O problema foi resolvido ha muito tempo, e existem fsrmulas e procedimentos padrues bem estabelecidos. Como sempre, ha a possibilidade de acreditar no fottmetro da cbmara e usar a leitura TTL, ou usar um fottmetro de mco (fm). Desde que comecei a comparar a leitura deste (tenho trjs diferentes), cada vez mais me recuso a usar o da cbmara, com midia central, pontual, parcial ou avaliagco simultbnea de varias zonas. A diferenga de leitura i muito freq|ente, qualquer seja o modo TTL. Resultados usando o fm de mco sempre sco melhores. Alguns mais bem dotados diriam que conseguem saber exatamente quanto devem compensar para a leitura TTL, dependendo das cores da luz e do assunto, mas infelizmente esse nco i o meu caso. Tambim, como fazer macro em estzdio, onde TTL nco tem serventia?

Ha algum tempo venho desistindo de usar lentes mais modernas, e explico. Se a lente i focalizada no infinito, a leitura do fm pode ser usada sem receios. A qualquer outra distbncia, ha uma perda de luminosidade, pois i necessario levar em conta a modificagco na lente. Classicamente, essa modificagco i o distanciamento entre a lente e o filme, que faz com que luz seja perdida, devendo ser compensada a leitura do fm. Essa compensagco ss i necessaria a partir de uma diferenga que seja da ordem da metade da "resolugco da cbmara", normalmente 1/2 ou 1/3 de ponto, por se diz que nco i necessaria ati uma magnificagco de cerca de 1:10.

Posso estar errado na generalizagco, mas muitas (acho que grande parte das mais recentes) usam extensco e mudanga de comprimento focal para focalizar, enquanto o tamanho real (geomitrico) da abertura nco muda. Assim, o nzmero f/ efetivo i diferente do exibido pela cbmara, e necessitamos de dois fatores de compensagco, um para a extensco, outro para o nzmero f/. Apesar de complicar, isso nco seria um grande problema, soubissemos nss os valores dos dois.

Como exemplo da dificuldade, a Canon EF 100 mm f/2.8 macro cai para cerca de 85 mm em 1:2 e 75 mm em 1:1. Sem compensar para a mudanga de abertura, as corregues seriam de 1.5 e 2 pontos, respectivamente. Mas como a abertura aumentou, os valores que devem ser usados sco aproximadamente 1,3 e 1,5. Outro exemplo i o da Canon 180 mm f/3.5 e da recente Sigma 180 mm macro (acho que f/2.8), lentes monstruosas, de se "sonhar", mas que chegam a cerca de 125 mm, em 1:1!

O problema piora, se considerarmos que o fator de corregco depende, em geral, da razco (comprimento do tubo ou fole)/(comprimento focal), quando se desejam ampliagues maiores que as permitidas pela lente. E todos sabem que quem comega com macro e vj que por US$ 100 pode quase duplicar as magnificagues da lente macro, e mesmo obter bem maiores usando os novos tubos com lentes menores, rapidamente cai nesse problema.

Eu tenho condigues de estender externamente uma lente ati quase 250 mm. Para resolver o problema, optei pela Vivitar 100 mm f/3.5 macro, com extensco interna, e ampliagues ati 1:2. Com uma lente disptrica que i projetada para ela e que a acompnha, chegamos a 1:1, a qualidade i ainda melhor, por incrmvel que parega, que sem ela. Assim, fica facil de calcular a compensagco necessaria, usando o fator de magnificagco da prspria lente. Entre muitas outras vantagens.

Assim, as lentes macro mais recentes me parecem ir contra o que se propuem.

Repito: Como fotometrar em macro, usando lentes que mudam de comprimento focal, quando mudamos o foco?

-- Fernando Oliveira (famo@bigfoot.com), April 14, 2000